A Floresta e o resineiro no Dia dos Museus

Todos sabemos que a floresta:
_ é palco de grande biodiversidade e garante o necessário equilíbrio ecológico;
-que é necessária para a manutenção dos valores naturais e para a melhoria da qualidade de vida das populações;
-Que desempenha papéis extremamente relevantes, quer a nível
ecológico, quer económico e mesmo social;
- que é fonte de bens como madeiras, combustíveis, alimentos e matérias-primas (ex. resina, celulose, cortiça, frutos, bagas);
-que tem funções de protecção do solo contra a erosão, e de controlo do ciclo e da qualidade da água;
- que tem um elevado valor paisagístico e recreativo.
O que muitos não sabem ou não sabiam, a que profissão de resineiro, a esta ligada, está praticamente extinta. Profissão, que durante décadas, foi um elemento de grande valia económica e social no contexto do sector florestal.
Munido dos seus apetrechos diversificados, o resineiro galgou montas e vales, planícies e planaltos parando sempre ao pé de cada pinheiro. Onde efectuou sangrias, procedeu à recolha da resina, que depositou, primeiro em latas, depois em barris, posicionados ao longo das estradas, onde mais tarde seriam recolhidos. Toda a gente sabia onde andavam o resineiro, pois ele executava o seu trabalho cantando e assobiando. Quando a fome apertava, dava lugar a uma pausa para comer e merenda, que era pobre e pouco variada, e depois deste trabalho duro e difícil o resineiro ainda ia ter com a esposa que andava na horta a tratar da agricultura, por vezes com os filhos ainda pequenos, ajudando para que a sobrevivência da família fosse garantida.
Vida difícil, a do resineiro.
Foi com o propósito de valorizar a floresta, dar a conhecer e homenagear o resineiro que no dia dos Museus foi montada uma exposição com os principais utensílios utilizados durante décadas.