19 fevereiro 2025

 


Reportagem Lara Ribeiro- 9º A

Mimosas em Casal de Mundão: ameaça ou beleza natural?

A rápida expansão das mimosas na região de Casal de Mundão levanta questões sobre o impacto ambiental, e os desafios do controlo desta espécie invasora.

 

Nos últimos anos, os habitantes de Casal de Mundão, em Viseu, têm assistido à proliferação das mimosas (Acacia dealbata) na paisagem local. Estas árvores de crescimento rápido, originalmente trazidas da Austrália, cobrem cada vez mais áreas florestais e agrícolas, modificando o ecossistema e preocupando ambientalistas e moradores.

A principal questão que se coloca é: até que ponto a presença das mimosas representa um problema ambiental?

Embora estas árvores apresentem uma floração exuberante e sejam apreciadas pela sua beleza, os especialistas alertam para os riscos ecológicos associados á sua propagação descontrolada.

Expansão e impactos ambientais:

A mimosa é uma espécie extremamente adaptável e resistente, o que lhe permite crescer rapidamente e suprimir a vegetação nativa. As suas raízes libertam substâncias químicas que dificultam o crescimento de outras plantas, reduzindo a biodiversidade. Além disso, a sua presença pode aumentar o risco de incêndios florestais, pois as suas folhas e casca são altamente inflamáveis. 

Em casal de Mundão, algumas áreas tradicionalmente cobertas por vegetação autóctone, como carvalhos e castanheiros, foram gradualmente ocupadas por mimosas. Segundo Serafim, habitante da aldeia há mais de 60 anos: “Quando era pequeno, via mais variedade de árvores por aqui. Agora, há zonas onde só se vê mimosas. Elas crescem depressa e, uma vez instaladas, são difíceis de eliminar”.

Medidas de controlo e desafios:

O controlo das mimosas exige intervenções constantes, como corte regular e remoção das raízes, mas estas medidas são dispendiosas e nem sempre eficazes. Em algumas regiões de Portugal, têm sido testados métodos biológicos e químicos para conter a expansão de espécie, mas a solução definitiva ainda não foi encontrada.

As autoridades locais e organizações ambientais têm debatido estratégias para lidar com este problema. Enquanto alguns defendem o uso das mimosas para fins comerciais, como a produção de biomassa, outros alertam para a necessidade da erradicação para preservar o equilíbrio ecológico.


 

O futuro da paisagem de Casal de Mundão:

A questão que permanece é: será possível conviver com as mimosas sem comprometer a biodiversidade local? A gestão responsável desta espécie invasora é um desafio essencial para garantir a sustentabilidade da paisagem de Casal de Mundão?

Se não houver um esforço coordenado para equilibrar a presença das mimosas com a proteção da vegetação nativa, poderemos estar apenas a assistir à substituição de uma floresta diversificada por uma monocultura invasora.

 









https://www.facebook.com/ae.mundao.50/videos/1696155761315420?locale=pt_PT 


Dia dos Afetos
O Dia dos Afetos foi celebrado, na EB2,3 de Mundão, com diversas iniciativas que a equipa do Projeto PES e Clube Eco-Escolas foram dinamizando ao longo deste mês de fevereiro, procurando que toda a comunidade educativa fosse envolvida ativamente na reflexão e consciencialização sobre a importância dos afetos no nosso dia a dia, enquanto seres humanos em relação e cidadãos com direitos e deveres. Pudemos apreciar um momento de dança jovem do 6.º A e entrega de prémios do Concurso dos Afetos, realizado ao longo do mês.

 Reportagens de Leonor Miroto - 9ºA



Painéis Solares Substituem Floresta: o real impacto ambiental


A recente instalação de painéis fotovoltaicos numa área florestal de Casal de Mundão, levanta debates sobre sustentabilidade e impacto ambiental.

 

Nos últimos meses, os habitantes da aldeia de Casal de Mundão, situada no concelho de Viseu, viram a paisagem da sua terra mudar drasticamente com a instalação de painéis solares numa área anteriormente coberta por floresta. A iniciativa visa produzir energia renovável, mas levanta questões sobre o seu real impacto ambiental. Afinal, até que ponto essa solução é verdadeiramente sustentável?

Inicialmente, o projeto previa a instalação dos painéis no perímetro florestal de São Salvador, que abriga a maior implantação de pinheiro-bravo da Península Ibérica. No entanto, um abaixo-assinado contra a sua realização levou os responsáveis pela área – o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ISNF) e os Baldios – a reconsiderar. Enquanto os Baldios aceitaram a proposta, o ISNF recusou, levando à decisão por parte da Hyperion Renfwari FS UPPS SA de recorrer a terrenos privados para a implantação dos painéis.

A área escolhida em Casal de Mundão é considerada uma área florestal não digna, pois trata-se de uma zona rochosa, onde se praticava, em tempos, o pastorício. Com o fim da atividade pastoril, a vegetação rasteira proliferou, tornando-se habitat de animais como javalis e lebres. Para alguns, essa localização representa um mal menor, tal como expressa Alexandre, habitante da aldeia há 52 anos: “Considero que foi preferível a instalação dos painéis aqui na aldeia, assim evita-se a destruição do perímetro florestal de São Salvador, uma floresta bastante mais significativa do que aquela mata. Lembro-me que, quando era pequeno, ia lá pastorear as ovelhas e não havia vegetação alta”.

O projeto promete fornecer energia limpa para dezenas de lares, o que reduz a dependência de combustíveis fósseis. No entanto, a conversão de áreas florestais em áreas de infraestrutura energética também levanta preocupações ambientais, como o desmatamento necessário, que pode comprometer a biodiversidade local e as alterações no solo e no regime hídrico.

Apesar de a área escolhida em Casal de Mundão ser considerada uma área florestal não digna, a escolha do local para a instalação dos painéis fotovoltaicos é um dos fatores mais críticos para minimizar os impactos ambientais. Neste caso, 189.458m2 onde antes era o habitat de lebres e javalis, foram desmatados e ocupados por painéis fotovoltaicos, sem a devida compensação ambiental. Além disso, não foram realizadas consultas públicas antes da execução do projeto, embora a obra tenha sido aprovada por órgãos ambientais.

Outro ponto crucial é o futuro da área ocupada: a concessão do terreno para este projeto tem duração de 25 anos. Resta saber se, ao final desse período, a área será restaurada ou se os painéis permanecerão no local.

A questão que permanece é: qual será o verdadeiro legado deste projeto? A energia solar é um passo essencial para a transição energética, mas a que custo? O desafio não é apenas instalar painéis solares, mas fazê-lo de forma responsável, garantindo que o avanço das energias renováveis caminhe lado a lado com a preservação ambiental. Se não houver um compromisso sólido com essa conciliação, poderemos estar apenas a substituir um problema por outro.




21 janeiro 2025

 

À volta do livro “Bailarico dos números”

 

Atrevemo-nos a dizer que as aulas de Comunicar+ e LabMat foram uma verdadeira aventura com o livro "Bailarico dos Números".  No início, fomos desafiados a explorar uma sequência de imagens retiradas do livro, antes de o conhecermos. Estas contribuíram para desenvolver a comunicação, a expressão oral, e o pensamento crítico, pois criámos histórias cheias de imaginação e criatividade.

A leitura dramatizada do livro, realizada pelas professoras, foi um momento muito especial. Através dela, explorámos vocabulário específico e conceitos interdisciplinares, envolvendo áreas como o português, a matemática, as ciências naturais e a cidadania. Compreendemos melhor a importância da matemática no nosso dia a dia, e refletimos sobre valores como a amizade e a entreajuda, evidenciadas nas personagens.

Depois de lermos o livro, cada um de nós partilhou oralmente o seu olhar sobre a mesma história. E, fomos ainda convidados a enriquecer o conto original, continuando-o ou acrescentando novos elementos através da escrita. Apresentámos os textos criados e a diversidade de ideias surpreendeu-nos.

AH! Fomos ainda desafiados a criar postais de Natal inspirados no "Bailarico dos Números". Esses postais foram expostos na vitrine Eco-Escolas/PES.

Realizámos ainda um Peddy Paper no espaço exterior da escola, onde pusemos à prova o que aprendemos ao longo das atividades interdisciplinares.

Apreciámos muito desta atividade prática, pois consolidamos alguns conhecimentos de uma forma divertida e ficámos a conhecer melhor aquilo que nos rodeia.

Gostámos muito de realizar estas atividades dinamizadas nas aulas de Comunicar+/ LabMat.

Obrigada pela atividade.

Os alunos do 6º A.










11 janeiro 2025

Dia Internacional do Obrigado


O Dia Internacional do Obrigado, celebrado anualmente a 11 de janeiro, é uma data dedicada a valorizar a gratidão e reconhecer o impacto positivo que a palavra "obrigado" tem na vida das pessoas. Comemorado em várias partes do mundo, este dia incentiva a refletirem sobre a importância de agradecer e como um simples gesto de reconhecimento pode fortalecer os laços sociais e promover um ambiente mais harmonioso.

Inspirados por esta temática, os alunos do Clube de Saúde e Ambiente e os alunos 6º A exploraram diferentes formas de expressar a gratidão. Como resultado, criaram uma exposição que destaca o papel fundamental do "obrigado" nas relações interpessoais.

Os trabalhos realizados estão expostos no átrio da Escola com o objetivo de sensibilizar a comunidade para a importância de cultivar a gratidão no dia a dia e mostrar que pequenas expressões de agradecimento podem ter um grande impacto na convivência social e no bem-estar coletivo.

  • Obrigado(a)



04 dezembro 2024

 Consolidar conhecimentos com arte e recurso à reutilização



03 dezembro 2024

https://aemundao.net/2024/10/30/dia-mundial-da-alimentacao-comemorado-de-maos-dadas/ 


 

 

Para vidas salvar

 

De acordo com os imperativos legais, realizou-se no pretérito, dia 27 de novembro, a ação de formação “Sensibilizar para atuar”, que abordou as temáticas anafilaxia e epilepsia, dinamizada pela equipa da UCC de Viseu.

A anafilaxia é uma reação alérgica aguda grave que se inicia imediatamente ou após algumas horas, após o contato com alguma substância alergénica, como alimentos ou medicamentos, provocando dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, formação de bolhas na pele ou urticária.
A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que provoca descargas elétricas anormais dos neurónios (células cerebrais), podendo resultar em sintomas variados, dos quais o mais comum é a convulsão.

Durante a formação, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos sobre os sinais e sintomas destas condições, bem como aprender as técnicas adequadas de primeiros socorros a serem aplicadas em caso de emergência. A ação teve como objetivo capacitar os docentes e não docentes presentes para uma intervenção rápida e eficaz, contribuindo para a segurança e o bem-estar dos alunos/pessoas com estas problemáticas.

Ao longo da ação, foram apresentados casos práticos, simulações e orientações específicas, permitindo que todos os participantes se sentissem mais preparados para agir de forma correta, em caso de emergência.

 A equipa da UCC de Viseu reforçou a importância da disseminação do conhecimento sobre a anafilaxia e a epilepsia, deixando a apresentação que irá ser partilhada.

A iniciativa foi bem recebida pelos presentes (que foram muitos), que destacaram a relevância da ação para a promoção da saúde no espaço escolar.

Houve ainda lugar para a degustação de alguns sabores de outono e momentos de convívio, que apesar do escasso tempo foi salutar.












 


 As coordenadoras do PES e da EMAEI

04 julho 2024

 

 

Eco- Cozinheiras de Mundão em 3º lugar

Um grupo de alunas do 5ºA abraçou o desafio “Alimentação Saudável e Sustentável”, que tem como objetivo dar a conhecer a composição de uma refeição equilibrada, saudável, sustentável e saborosa, tendo como base a Dieta Mediterrânica – Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela UNESCO, promovido pela coordenação nacional do programa Eco-Escolas- ABAAE.

A sua ementa foi selecionada para a participação e confeção na Prova Final dos Eco-Cozinheiros. Como forma de envolver as famílias nas atividades a ementa foi distribuída pelas “cozinheiras” para que, as mesmas, a confecionassem, em casa, com a ajuda dos familiares, estreitando assim a ligação escola família e os laços familiares.

Entre um nervoso miudinho, muita partilha, muita pressão, muitas aprendizagens, as nossas Eco-Cozinheiras, confecionaram com esmero, no dia 12 de março, na enorme cozinha Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, a sua completa ementa (creme de cenoura, arroz de feijão com bifes de frango grelhados e grelos, maçã assada com canela). Onde obtiveram o terceiro lugar.

Mas que experiência fantástica e enriquecedora.